Séries #18 - True Blood

True Blood é uma série baseada nos livros de Charlaine Harris, As Aventuras de Sookie Stackhouse (originalmente, The Southern Vampire Mysteries). A série era transmitida na HBO desde 2008 até o último domingo, sendo que o último episódio da sétima e última temporada foi ar e finalizou uma das séries mais amadas e odiadas por seus fãs.

Em True Blood tudo se inicia em uma realidade em que os vampiros se revelaram para o mundo graças a um sangue sintético que chegou ao mercado graças à uma empresa japonesa. Sookie Stackhouse (Anna Paquin) é uma garçonete da pequena cidade de Bon Temps e ela possui uma particularidade que pode ser muito útil e ao mesmo tempo um dos maiores problemas e inconvenientes: Sookie consegue ler pensamentos. E é a partir desse seu dom que ela conhece o vampiro Bill Compton (Stephen Moyer) e acaba realmente se envolvendo nesse mundo sobrenatural.

Além da perigosa atração que a telepata possui por seres sobrenaturais ela é uma garota normal (pelo menos à início): ela mora com sua avó, Adele Stackhouse (Lois Smith), e seu irmão Jason (Ryan Kwanten). seus pais morreram quando os dois ainda eram novos e a sua melhor amiga de infância é Tara (Rutina Wesley), uma garota que possui um complicado histórico familiar. Nada fora do ordinário. E era suposto continuar assim se Sookie não desejasse se aproximar tanto de Bill, até o ponto em que os dois começam a namorar.

Como toda a série da HBO, esta também é recheada de cenas explícitas de sexo, sendo que dentro da temática isto é até compreensível e justificado. Vampiros são seres mitológicos de natureza sexual. E a série se dispõe a exibir isto com tudo o que tem, apresentando uma série extremamente crua que não deixava de exibir aquilo que queria com medo de chocar os telespectadores, na verdade esse era um dos objetivos principais de toda a série.

Idealizada por Alan Ball, True Blood presenteia seus fãs com personagens maravilhosos durante as sete temporadas e não só os regulares como também os recorrentes de cada tema abordado durante cada ano. Um exemplo disto são os "vilões" que foram amados como nenhum outros, o melhor deles sendo Russel Edginton (Denis O'Hare) da terceira temporada que era um vampiro de 3000 anos completamente educado e loucamente violento. Em relação aos moradores de Bon Temps há uma variedade de personagens muito bem construídos e interpretados. Arlene (Carrie Preston), Sam (Sam Trammell), Andy (Chris Bauer), Lafayette (Nelsan Ellis), Terry (Todd Lowe), Hoyt (Jim Parrack) e Holly (Lauren Bowles) foram os personagens recorrentes que possuíam uma história paralela ao núcleo principal e foram aqueles que mais evoluíram no decorrer da série, enquanto fizeram com que fosse impossível não gostar de Arlene, Terry e Lafayette, por exemplo. Ainda há, no núcleo sobrenatural, Alcide (Joe Manganiello), Eric (Alexander Skarsgard), Pam (Kristin Bauer van Straten) e Jessica (Deborah Ann Woll), sendo os três últimos personagens que também recebem um carinho mais do que especial do público.

A série de vampiros possui uma particularidade que pode ser extremamente irritante para os seus fãs: ao mesmo tempo que é uma série que sai do mesmo, que consegue ao longo de sua trama surpreender o telespectador nem sempre está surpresa pode ser considerada algo bom. E quem assistiu a série sabe que houve muitas surpresas ruins, com destaque para o último episódio que decepcionou muitos em alguns pontos. Apesar disso, houve também muitas surpresas boas e muitos momentos em que assistir a série era algo realmente bom e animador. Os criadores conseguem fazer da série o objeto de ódio e amor dos fãs, intercalando estes momentos ao ponto de eles não conseguirem simplesmente esquecer dela.

Um dos principais atrativos da série, além do apelo sexual e dos personagens bem construídos é o fato de a cada temporada estes personagens evoluírem e de se mostrarem tão humanos e de que mesmo dentro de um universo paralelo em que têm de lidar com o sobrenatural eles continuam extremamente humanos, tanto no melhor quanto no pior (e esta parte da natureza do homem é constantemente retratada) do que isto significa.

True Blood é um show que vale a pena ser visto pelo quadro geral da série, por momentos particulares em que a série era uma das melhores das que estavam indo ao ar, por seus personagens únicos e apaixonantes, por sua trilha sonora que é incrível e pelas loucuras do roteiro, que quando não são realmente maravilhosas de se assistir são com certeza muito divertidas.

Trailer (Há spoilers)