Livros #48 - Fiquei Com o Seu Número

Título: Fiquei Com o Seu Número

Editora: Record

Autor: Sophie Kinsella

Número de páginas: 464

Sinopse: A jovem Poppy Wyatt está prestes a se casar com o homem perfeito e não podia estar mais feliz... Até que, numa bela tarde, ela não só perde o anel de noivado (que está na família do noivo há três gerações) como também seu celular. Mas ela acaba encontrando um telefone abandonado no hotel em que está hospedada. Perfeito! Agora os funcionários podem ligar para ela quando encontrarem seu anel. Quem não gosta nada da história é o dono do celular, o executivo Sam Roxton, que não suporta a ideia de haver alguém bisbilhotando suas mensagens e sua vida pessoal. Mas, depois de alguns torpedos, Poppy e Sam acabam ficando cada vez mais próximos e ela percebe que a maior surpresa da sua vida ainda está por vir.

Devo admitir que nunca li nenhum livro da autora, até agora. Acredito que eu tenha escolhido o certo para começar, pois todas as minhas expectativas foram superadas. Esta obra realmente foi muito mais do que eu esperava e é uma das leituras mais agradáveis que fiz neste ano, entrando facilmente para a minha lista de favoritos. Depois de tantas resenhas amigas positivas e recomendações, finalmente li algo da autora e já estou buscando outros títulos para fazer a coleção.

“Eu o perdi. A única coisa no mundo que eu não poderia perder. Meu anel de noivado. Dizer que esse é um anel especial não chega nem perto da verdade. Ele está na família de Magnus há três gerações. É uma esmeralda espetacular com dois diamantes, e Magnus teve que tirá-lo de um cofre exclusivo no banco antes de me pedir em casamento.”

O livro não começa aí, teoricamente, mas é partir deste momento que as coisas começam a ficar complicadas para Poppy, que se envolve na maior aventura que ela poderia imaginar. Nossa protagonista está para se casar e em uma tarde de comemoração ela não só perde o seu anel de noivado como também o seu celular! E todos sabemos que nos dias atuais, perder um celular é como perder parte de si mesmo. Nele está seus contatos, suas mensagens, fotos, aplicativos, e tudo que se possa imaginar de pessoal. 

Sem saber o que fazer, totalmente perdida... Poppy encontra, como um sinal, um celular perdido no hotel em que estava e onde viu o anel pela última vez. Com um novo número em mãos e repassando para todos (todos, mesmo) os funcionários do hotel, Poppy fica mais tranquila e acredita que o bem prevalecerá, o anel será encontrado e sua vida voltará ao normal! Porém, todo celular que você possa encontrar em algum lugar pertenceu a alguém, certo? E não é diferente neste caso. O dono do celular é simplesmente um executivo, Sam Roxton, que logicamente não está gostando nem um pouco que Poppy tenha pegado o celular e não tem o mínimo interesse em devolver no momento.

"Meu instinto é mandar uma mensagem de texto para alguém dizendo “Ai, meu Deus, perdi meu celular!” Mas como posso fazer isso sem o maldito celular? Ele é meu companheiro. É meu amigo. Minha família. Meu trabalho. Meu mundo. É tudo. Sinto como se alguém tivesse arrancado de mim os equipamentos que me mantêm viva."

"O que Poirot faria? Poirot não correria de um lado para o outro em pânico. Ele manteria a calma e usaria as pequenas células cinzentas para se lembrar de algum pequeno e crucial detalhe que seria a pista para resolver tudo."

Agora, falando sobre a vida de Poppy, conhecemos Magnus, seu noivo e sua família. Somos apresentados a típica família acadêmica, onde todos parecem saber muito mais do que você e é como se estivesse em outro planeta. ("Eles têm supercérebros. São a versão acadêmica de Os incríveis.")Logicamente Poppy se sente muito mais do que deslocada, se sente humilhada e menosprezada, mas é claro que não admite isso para si própria. 

Com o celular de Sam e um acordo até o anel ser encontrado, Poppy e Sam dividem o celular. Isso mesmo! Dividem. Isso poderia ser comum quando, antigamente, para se comprar um celular era necessário 2 anos de trabalho e uma vida de empréstimos, mas nos dias atuais? Dividir um celular? Só poderia resultar em muitos momentos cômicos. Poppy em poucos dias soube praticamente da vida toda de Sam, ou pensou que soubesse, e a curiosidade e o espírito positivo dela (Um outro ponto positivo é que a personagem principal é um doce, ela acredita na bondade das pessoas, em fazer o bem e nunca pensa em falar algo ou fazer algo que magoe alguém) fazem com que sempre dê palpites da vida Sam, que já é um cara bem sério, causando muitos problemas para a imagem pessoal dele.

Sam e Poppy me conquistaram, apesar de ambos serem diferentes e terem seus pontos negativos, cativam o leitor. Sam acaba mostrando a Poppy que ela não é uma ignorante, como se sente com a família de Magnus e a incentiva a mostrar seu valor. Já Poppy com toda a sua bondade e fofura acaba despertando um lado de Sam que ele mesmo duvidava existir, como quando Sam ajudou Poppy por celular quando ela estava em uma reunião de família e a ajudou no jogo palavras cruzadas. Todo este incidente, fez com que Sam e Poppy ficassem bem ligados e proporciona aos leitores momentos ótimos de comédia (principalmente com as maluquices de Poppy), romance, e tudo que se possa querer de um chick-lit.

"– Nunca vi ninguém dividindo um celular antes – diz Marco. – Isso é doentio."

"– E-mails para um monte de destinatários é coisa do demônio. – Sam nem muda de tom. – Eu preferiria dar um tiro na cabeça a responder a um deles."

Posso afirmar que este é um dos meus preferidos do gênero. Sei que deve existir muitas pessoas que como eu, nunca leram nada da Sophie. Para essas pessoas posso afirmar que Fiquei Com o Seu Número não irá te decepcionar e só fará com que queira desesperadamente conferir todas as obras já publicadas pela autora. Para os que já leram algo da autora, tenho certeza que devem estar desejando esse livro desde o lançamento. Recomendo para todos os públicos e gostos, garanto que irá te conquistar como me conquistou.