Livros #28 - As Violetas de Março

Título: As Violetas de Março

Editora: Novo Conceito

Autor: Sarah Jio

Número de páginas: 304

Sinopse: Emily Taylor é uma mulher jovem e escritora de sucesso, mas não gosta muito de seu próprio livro. Também tem um casamento que parece ideal, no entanto ele acabará em divórcio. 

Sentindo que sua vida perdeu o propósito, Emily decide fazer as malas e passar um tempo em Bainbridge — a ilha onde morou quando menina — para tentar se reorganizar.

Enquanto busca esquecer o ex-marido e, ao mesmo tempo, arrumar material para um novo — e mais verdadeiro — livro, um antigo colega de escola e o namorado proibido da adolescência tornam-se seus companheiros frequentes. 

Entretanto, o melhor parceiro de Emily será um diário da década de 1940, encontrado no fundo de uma gaveta. 

Com o diário em mãos, Emily sentirá o estranhamento e a comoção causados pela leitura de uma biografia misteriosa que envolve antigos habitantes da ilha e que tem muito a ver com sua própria história. Assim como as violetas que desabrocham fora de estação para mostrar que tudo é possível, a vida de Emily Taylor poderá tomar um rumo improvável e cheio de possibilidades. As Violetas de Março é um romance sobre a força do amor, sobre as peças que o destino prega e sobre como podemos ser felizes mesmo quando tudo parece conspirar contra a felicidade.

Nossa! Faz muito tempo que não leio um livro 5 estrelas da Novo Conceito. Claro, teve muitos 4 estrelas, mas este... realmente me surpreendeu, me prendeu até a última página, me encantou. Logo na sinopse os leitores já possuem uma prévia do que se trata. Uma boa prévia, diga-se de passagem. O livro começa com o divórcio de Emily, aquele momento trágico. O que eu gostei é que apesar da personagem ser madura e forte ela demonstra muitas mágoas em terminar seu casamento, afinal... era um amor. E também não fica naquele drama de 200 páginas do quanto está sofrendo por perder o amor da vida e blá. É tudo na medida certa. Agora um dos fatos mais importantes do livro é que Emily é uma escritora. Ela fez sucesso com um livro que ela não sente tanto orgulho assim (Não sei se orgulho seria a palavra certa, apenas não foi um livro que tenha passado seus sentimentos). Então, na tentativa de esquecer tudo o que o divórcio estava lhe causando e buscar uma inspiração literária viaja a pedidos de sua amiga Annabelle para Bainbridge, ficar um mês com sua tia avó Bee.

Sim, é aqueles lugares pequenos, uma casa com vista para o mar e que você precisa atravessar de barco para ir a cidade. Lugar melhor para se esquecer dos problemas e buscar inspirações para um livro? Agora imagina que este lugar, além de todo um cenário perfeito esconde um diário no fundo de uma gaveta no quarto onde Emily fica. Um sinal? Você leria? Ler um diário pode ser um crime... mas e se o que essas páginas escondem forem além de histórias de infância, brigas com namorados... forem parte da sua história? Complicado... Emily optou pela alternativa, que acredito eu todos nós optaríamos. Ler o diário.

"Emily, a ilha tem toda uma maneira de chamar alguém de volta quando é hora. Venha para casa."

“(…) Por que uma história de 1940, de alguém sobre quem eu não sabia nada, teria qualquer relevância para minha vida? Como seria possível? Nada daquilo fazia sentido, mas em algum lugar em meu coração eu estava começando a sentir que talvez fizesse.”

E a partir deste momento o enredo começa a se desenrolar, a cada página lida do diário Emily e nós, leitores.. ficamos cada vez mais impactados e curiosos com o rumo que tudo está levando. Fora isso, acrescente o amor. Emily se reencontra novamente com um antigo amor de infância, Greg. E conhece Jack, um cara charmoso (Apaixonante), com quem se envolve e percebe traços muito semelhantes com os do casal do diário. Claro, no final tudo se explica de uma maneira bem clara todas essas semelhanças. Mas acredito que todos com o caminhar da leitura já tenham um pouco de opiniões formadas sobre. 

Vale lembrar que o livro não é somente uma leitura de um diário, para aqueles que possam pensar nessa hipótese. A cada página, Emily se envolve tanto com as personagens e começa a descobrir coisas e mistérios enormes em Bainbridge. Ela passa então a ir atrás de soluções, de respostas. O diário fala com ela e ela escuta. Aquilo não são só meras histórias, aquilo são fatos importantes em que quase todos da ilha podem estar envolvidos. Mas que fatos são estes? Porque todos da ilha estão escondendo segredos? Esther e Elliot (personagens principais do diário) ainda estão vivos? Se casaram? O que aconteceu? Aquilo realmente foi deixado para ela? São muitas perguntas e não se preocupem, muitas respostas. 

"... o grande amor perdura ao tempo, à mágoa e a distância. E mesma quando tudo parece perdido, o verdadeiro amor vive. Sei disso agora, e espero que você também."

Eu li este livro muito rápido. É impossível você não se prender e desejar saber o final... é muito mistério, romance. Uma dose certa de tudo. Acredito que, assim como eu, vocês vão se apaixonar por esta obra e devorar em questão de horas. A autora escreve de uma maneira que a leitura flui em um piscar de olhos. O final nos apresenta uma situação muito emocionante. É um final emocionante, na verdade. Impactante e lindo. Personagens bem construídos e com momentos únicos. Todos... Todos são essenciais para a obra. Nenhum foi colocado ao acaso ou é descartável. Todos se ligam de alguma maneira e acrescentam alguma resposta aos mistérios. Aqui fica a minha dica, um livro que não deve faltar de forma alguma na estante dos apaixonados por literatura.